segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Mente humana


O que é uma pessoa superdotada?

Superdotados ou Portadores de Altas Habilidades são aquelas pessoas que possuem um grau de habilidade significativamente maior do que a maioria da população. Os superdotados geralmente possuem grande facilidade e rapidez para aprender, possuem um elevado grau de criatividade, são muito curiosos, possuem grande capacidade para analisar e resolver problemas, além de possuírem um senso crítico bastante elevado.

Embora essas pessoas possuam grandes vantagens nos processos que abrangem o lado intelectual, como no desempenho em provas escolares, vestibulares e na capacidade criativa, os superdotados podem encontrar algumas dificuldades sociais e de convivência. Muitas crianças superdotadas procuram a companhia de pessoas mais velhas, na tentativa de encontrar parceiros com o mesmo nível intelectual. Além disso, podem ocorrer nestas pessoas, o desencadeamento do medo da não-aceitação social, sintomas de ansiedade, solidão e até mesmo de depressão.


Como surge um superdotado?

Apesar de todas as dúvidas que ainda permanecem com relação ao assunto, os indivíduos de altas habilidades intelectuais como um todo tendem a apresentar um histórico de vida caracterizado pela interacção com ambientes ricos em complexidade, lógica simbólica e organização, o que costuma se apresentar como:

  • Familiares próximos com elevado nível de escolaridade;
  • Cultura familiar que valoriza a cultura e o saber;
  • Boas notas escolares;
  • Farto do contacto com material de leitura;
  • Interacção com computadores e com a Internet.

Além dos factores ambientais, também existem possíveis componentes genéticos cujo impacto global é ainda desconhecido, podendo variar de 20% a 80% conforme o pesquisador.


Qual a diferença entre genialidade e superdotação?

Os termos "génio" e "superdotado" não correspondem à mesma coisa, embora possa haver uma correlação entre os dois fenómenos. Especificamente:

  • Superdotados: Indivíduos dotados de habilidades relevantes em níveis significativamente acima daqueles das pessoas em geral;
  • Génios: Indivíduos que mostram desempenho extraordinário em uma ou mais actividades humanas relevantes, produzindo contribuições extraordinárias.

Muitas vezes superdotados tornam-se génios, ou génios são superdotados, mas nem sempre. Em outras palavras, existem superdotados que não são génios e génios que não são superdotados.


Traços de um superdotado

Aspectos Próprios dos Superdotados

Uma implicação directa da própria superdotação intelectual é a de que os superdotados, por definição, interagem com o mundo de um modo significativamente diferente do modo como o fazem as demais pessoas. Em outras palavras, seus pontos de vista, modos de agir e reacções aos acontecimentos apresentam peculiaridades que podem ser previstas, observadas e identificadas.

Hipersensibilidade

Segundo Rosenberg (1973), uma das principais consequências de uma inteligência super capaz na personalidade seria uma maior sensibilidade ao mundo exterior, pois, o superdotado consegue perceber mais do meio-ambiente do que a maioria das pessoas. Assim sendo, este tipo de pessoa tende a ser visto como exagerado ou excessivamente sensível. Diz ele que o superdotado é mais receptivo aos estados emocionais, à alegria e à dor, tantos seus como alheios, e mais afectado por carências, injustiças e frustrações. Suas dúvidas e convicções são mais intensamente experienciadas, adquirindo, para ele, valor de metas vitais.

Inconformismo

Scheier (1965), citado em Novaes (1979), escreve que o superdotado possui inteligência, imaginação, audácia e uma certa auto-suficiência interior, traços que entram em oposição às atitudes mais usuais de dependência ou imitação.

Torrance (1969) observa que o superdotado tende a apresentar o problema fundamental de enfrentar as consequências da sua divergência para com a maioria, traço esse que leva a dificuldades diversas relacionadas a como lidar com as pressões sociais de se ser diferente, ainda que tal diferença se dê no contexto de uma habilidade maior. O problema fundamental do indivíduo criativo consiste em aprender a enfrentar a desconformidade que resulta da sua divergência. Isto leva a dificuldades diversas relacionadas a como lidar com as pressões sociais sendo-se uma pessoa fortemente original e quase que compulsivamente inovadora.

Stein (1975) afirma que um dos componentes fundamentais do ato criativo é a independência e, por este motivo, o indivíduo excepcionalmente criativo apresenta forte senso de liberdade para com os seus actos; ele não admite relações de dependência para com os outros.

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