quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Acerta o passo, amor!


Autora: Rosana Braga

Saí para caminhar num parque perto de casa, numa linda manhã de sol. Em silêncio, atenta à minha própria respiração, era inevitável observar as tantas pessoas que iam e vinham. O dia e aquele lugar estavam encantadoramente sintonizados.

Algumas pessoas andavam sozinhas, outras com seus pares. Avós brincavam com seus netos, mães e pais com seus filhos. Amigos confidenciavam as novidades entre si e riam de seus causos. Muitas vidas. Diferentes sonhos. Incontáveis sentimentos.

Cada um anda no seu ritmo, pensei numa fração de segundo. Tal reflexão foi decorrente de uma cena específica: já havia notado, bem próximo de mim, um casal caminhando a passos largos, como quem quer abandonar a vida sedentária e ganhar em boa forma e saúde.

Tanto ele quanto ela eram jovens, bonitos e visivelmente comprometidos, devido à aliança que ocupava o dedo anelar da mão esquerda de ambos. Depois de alguns bons metros, ela foi ficando para trás, mas distraída com tantas paisagens, sons e movimentos, nem percebeu.

Talvez eu achasse que nem ele tivesse percebido, não fossem suas recorrentes olhadinhas para trás, a fim de monitorar a distância que os separava. De repente, como quem não quer diminuir a velocidade, mas também não quer perder de vista sua companheira, ele gritou (num tom imperativo e, ao mesmo tempo, cheio de ternura): acerta o passo, amor!.

Surpreendida pela própria situação, ela se assustou e imediatamente sorriu, dando alguns pulinhos até alcançá-lo. Neste momento, numa atitude sincronizada e cheia de significados, os dois se deram as mãos e continuaram a caminhada em silêncio.

Cruzei com eles mais duas vezes e lá estavam, sintonizados, de mãos dadas, provando que basta um tantinho de atenção e disponibilidade para que duas pessoas caminhem lado a lado, rumo a um único objetivo, em última instância: continuarem juntas, cada qual incentivando a outra quando – por qualquer razão – seu ritmo diminuir!

Mas, infelizmente, a maioria dos casais anda distraída demais para se dar conta de que o outro está muito adiante ou de que ficou para trás. Falta atenção de um e disponibilidade do outro. Esquecem de darem-se as mãos e a sintonia vai desaparecendo em meio à rotina cansativa e morna do dia-a-dia.

Sempre penso que não importa qual seja o objetivo, um encontro só pode ser bom quando há sintonia, quando os ritmos estão afinados. Porque quando o desejo de um é diferente do desejo do outro, chegará o tempo em que as insatisfações serão cada vez maiores.

Seria o mesmo que dizer que não acredito em quem aposta na possibilidade de amar pelos dois numa relação. Creio que relacionamentos sejam feitos de reciprocidade e troca. Não se trata de contabilizar, mas de cada um fazer a sua parte.

Também não se trata de submeter os sentimentos a uma avaliação racional, mas de perceber que dois corações não podem se enxergar quando um corre na frente e o outro corre atrás.

Portanto, se realmente quer estar com uma pessoa, minha sugestão é que você note onde ela está: à sua frente, atrás de você ou ao seu lado? Se a sua resposta não for a terceira opção, trate de acertar o passo, amor!

Por que temos tanto medo de amar?


É incrível como criamos inúmeras maneiras de nos defender, de nos proteger do sofrimento. Creio que passamos a maior parte de nossas vidas criando novas e mais poderosas formas de não nos expormos. Assumimos papéis, inventamos máscaras, palavras e trejeitos... com um único objetivo: não sofrer!!!

Aprendemos, desde muito cedo, que o sofrimento chega quando estamos expostos, vulneráveis, abertos para o outro... e isso é verdade! E, assim, acreditamos que só há uma maneira de não sofrermos: nos fechando, nos defendendo, nos protegendo do outro... e isso é mentira! Simplesmente porque não existe nenhuma maneira de não sofrermos!

Proteger-nos do outro é não demonstrar o que sentimos, o quanto amamos; é não compartilhar, não precisar (no sentido de admitir que desejamos intimidade com o outro). No entanto, não nos damos conta de que enquanto nos protegemos, tornamo-nos reféns de nós mesmos, transformamos nosso próprio coração numa prisão. Iludidos com a sensação de uma segurança que definitivamente não existe, abrimos mão da possibilidade de experimentarmos sentimentos imperdíveis!

Podemos perceber que estamos nos defendendo do amor quando usamos expressões como: eu gostaria que ele me desse mais carinho, mas não tenho que pedir isso! ou se ele não demonstra que me ama, por que eu deveria fazer isso?

O problema é quando norteamos nossa vida a partir do outro: se ele não fizer isso, eu também não faço, se ele não disser, eu também não digo, se ele não demonstrar, eu também não demonstro! Poxa! Que raio de contabilidade miserável é essa?!? O amor não funciona desse jeito e, assim, continuaremos todos morrendo de solidão, carência, angústia e depressão!!!

Que tal começarmos a agir por nossa própria conta e risco! Sim, amar é um risco, um enorme risco, mas que não inclui apenas o sofrimento. Neste pacote também está incluso o risco (absolutamente provável) de sermos correspondidos, amados, respeitados, queridos e tudo o mais que possa haver de bom no exercício de compartilhar amor!!!

E aí as pessoas vêm com essa: mas eu não estarei me desrespeitando se pedir amor, se der mais do que receber, se me expor a esse ponto?... E eu respondo com outra pergunta: O que é se desrespeitar?! Para mim, desrespeitar-se é fazer algo que você não gostaria de estar fazendo ou, ao contrário, é não fazer algo que você gostaria de estar fazendo.

Portanto, a pergunta mais importante é: o que você quer fazer? Compartilhar seu amor, dar carinho, pedir carinho, demonstrar o que sente, falar sobre seus sentimentos? Então, faça isso!!! Não desperdice sua vida à espera da permissão do outro. Não meça a sua capacidade de amar e de se expor e de se tornar vulnerável a partir do outro. Assuma-se, admita-se e, sobretudo, acolha-se!

Vá se percebendo, abrindo-se aos pouquinhos, pedindo devagarzinho... porque assim fica mais fácil reconhecer e respeitar seu limite. E entenda por limite a linha que separa o seu desejo da sua verdadeira percepção de que já se deu o quanto gostaria de se dar. Porque, obviamente, não estou defendendo a idéia de que você passe a vida inteira se doando para alguém que não tem espaço para te receber. No momento em que sentir que atingiu seu limite, aja com amor-próprio e recolha-se, para se dar a chance de compartilhar o seu amor com alguém que tem espaço para isso.

Enfim, minha sugestão é que paremos, de uma vez por todas, de justificar nossas atitudes (ou não-atitudes) a partir do outro. Que possamos assumir, pelo menos para nós mesmos e se for o caso, que temos medo de sofrer e, por isso, preferimos não nos expor, não pedir, não demonstrar, não expressar e, tantas vezes, não amar...

Porque quando conseguirmos reconhecer esse medo, certamente nos tornaremos mais dispostos e disponíveis para o amor. Teremos compreendido, finalmente, que não-sofrer é impossível. Sofrer faz parte do processo de viver, é inevitável. Mas não-amar talvez esteja sendo uma escolha ingênua e infantil, infelizmente feita por muito mais pessoas do que supomos.

A dica é: não desperdice sua energia e seu tempo evitando a dor. Não seja refém de seus medos. Apenas aceite-os e lembre-se de que cada um tem os seus; todos temos! Aproveite sua vida amando tanto quanto desejar, tanto quanto sentir... e tenha a certeza de que nunca será menos por isso. Muito pelo contrário, estará conseguindo ser o que todos nós desejamos: corajosamente amante!

Autora: Rosana Braga

Energia esgotada


Há circunstâncias em que precisamos reconhecer que nossa energia se esgotou e que o melhor a fazer é repousar, ao invés de forçar a barra.
Quando nosso corpo ou nossa mente se esgota, é porque é chegado o momento de descansar um pouquinho. Se você não aceitar a necessidade de repouso, será como se precisasse dormir, mas não dormisse. O dia seguinte fica pouco produtivo. Afasta-se das questões que o preocupam, tire férias de sua própria vida.
Se você continuar a forçar, poderá até mesmo entrar em depressão.
Não deixe que este tipo de coisa aconteça procure cultivar a humildade suficiente para saber a hora de se desvincular e a hora de se aproximar novamente.
É soltando que aprendemos a conquistar!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mama Cass Elliott - Dream A Little Dream Live


Tradução:

Estrelas brilhando acima de você,
brisas da noite parecem sussurrar "eu te amo";
Pássaros cantando na figueira;
Sonhar um pouco de mim ...

Diga "noite nighty" e me beijar,
Apenas me abrace forte e diga que você vai sentir minha falta;
Enquanto estou sozinho e azul como pode ser,
Sonhar um pouco de mim ...

Estrelas desaparecendo, mas eu permaneço querida,
Ainda desejando seu beijo;
Eu estou desejando a ficar até o amanhecer, querido,
Basta dizer isto:

Doces sonhos até dom vigas encontrá-lo,
sonhos que deixam as nossas preocupações para trás;
Mas em seus sonhos, quaisquer que eles sejam,
Sonhe um pequeno sonho comigo

Estrelas desaparecendo, mas eu permaneço querida,
Ainda desejando seu beijo;
Eu estou desejando a ficar caro até o amanhecer,
Basta dizer isto:

Doces sonhos até dom vigas encontrá-lo,
sonhos que deixam nossas preocupações agora atrás de você;
Mas em seus sonhos, quaisquer que eles sejam,
Sonhe um pequeno sonho comigo

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Conquistando O Impossível


Acredite
É hora de vencer
Essa força vem de dentro de você

Você pode
Até tocar o céu
Se crer ....

Acredite
Que nenhum de nós
Já nasceu com jeito pra super-herói

Nossos sonhos a gente é quem constrói
É vencendo os limites
Escalando as fortalezas
Conquistando o impossível pela fé

Campeão, vencedor
Deus da asas
Faz teu vôo

Campeão, vencedor
Essa fé que te faz imbatível
Te mostra o teu valor

Acredite
Que nenhum de nós
Já nasceu com jeito pra super-herói

Nossos sonhos a gente é quem constrói
É vencendo os limites
Escalando as fortalezas
Conquistando o impossível pela fé

Campeão, vencedor
Deus da asas
Faz teu vôo

Campeão, vencedor
Essa fé que te faz imbatível
Te mostra o teu valor

Tantos recordes, você pode quebrar
As barreiras você pode ultrapassar
E vencer

Campeão, vencedor
Deus da asas
Faz teu vôo

Campeão, vencedor
Essa fé que te faz imbatível
Te mostra o teu valor

Sereníssima (Legião Urbana)




Sou um animal sentimental
Me apego facilmente ao que desperta o meu desejo
Tente me obrigar a fazer o que não quero
E você vai logo ver o que acontece

Acho que entendo o que você quis me dizer
Mas existem outras coisas

Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade,
Tudo está perdido mas existem possibilidades,
Tínhamos a idéia mas você mudou os planos
Tínhamos um plano, você mudou de idéia

Já passou, já passou - quem sabe outro dia.

Antes eu sonhava, agora já não durmo
Quando foi que competimos pela primeira vez?
O que ninguém percebe é o que todo mundo sabe
Não entendo terrorismo, falávamos de amizade.

Não estou mais interessado no que sinto
Não acredito em nada além do que duvido
Você espera respostas que eu não tenho
Mas não vou brigar por causa disso

Até penso duas vezes se você quiser ficar.

Minha laranjeira verde, porque está tão prateada?
Foi da lua desta noite, do sereno da madrugada
Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço
Enquanto o caos segue em frente
Com toda a calma do mundo.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Conselho de I ching

Com algumas pessoas não dá pra falar. Seria como falar para as paredes e, no final, você apenas se desgasta.

A verdade


As pessoas adoram dar conselhos. Todos nós – incluindo-se aí você, eu e qualquer ser humano vivo – gostamos de dar as nossas opiniões e, assim, influenciamos com maior ou menor força as pessoas ao redor. Num mundo com tantas “vozes” e “falas”, não é de se estranhar que a gente perca contato com a nossa voz interior. O que muitas vezes esquecemos é que ninguém detém a verdade completa e, assim sendo, as opiniões mostram apenas pedaços de um todo.
Nesse momento aproveite para se recolher um pouco mais, voltando-se para dentro de si a fim de extrair do seu próprio coração qual é a sua verdade. O que importa, neste momento, não são as verdades gerais, os dogmas, as regras, os manuais. Importa, isso sim, a sua experiência. Viver de acordo com o que você acredita, ainda que isso gere oposição das pessoas ao seu redor. Quando finalmente você se decidir a respeito do seu caminho, atrairá oposição e conselhos dos outros. Filtre tudo. Não descarte nada, mas filtre tudo.

domingo, 14 de novembro de 2010

Uma Prova de Amor - My Sister´s Keeper



Uma família, uma mãe, duas irmãs, uma menina.
Um filme delicado, que a todo momento nos surpreende e nos emociona.
O elenco lindo e dedicado. Uma história que nos ensina que sem o amor não somos nada.

Vale a pena ver!
e para quem já viu vale muito mais a pena repetir a dose.

O que precisamos é nos
sensibilizar, e Uma prova de amor é extra ordinariamente sensibilizante.

Jonah Johnson - With You



TRADUÇÃO:


Havia esperança, havia fé
Havia verdade mas eu não consegui tê-la
Agora, há amor na minha vida, não posso e não quero deixá-lo ir
A mudança fez sua parte
E cicatrizou meu coração ferido

Tudo o que eu quero fazer e tudo que quero ser
Tudo o que quero sentir é algo real
Quero acreditar que tudo o que eu fizer
Daqui em diante será com você
Vai ser com você

Aqui com você, me sinto seguro, e eu sei que é só o começo
Por muito tempo fiquei perdido, agora sinto que finalmente estou ganhando
Eu não me importaria,
Eu poderia amar você pelo resto da minha vida

Oh, vai ser com você
Eu não me importaria,
Eu poderia amar você pelo resto da minha vida
Porque

Vai ser com você
Agora que te encontrei
Nunca vou deixar você ir
Nunca vou deixar você ir embora

Feels Like Home



Tradução:

Alguma coisa nos seus olhos, faz com que eu queira me perder
Faz com que eu queira me perder nos seus braços
Tem alguma coisa na sua voz que faz meu coração disparar
Espero que este sentimento dure pelo resto da minha vida

Se você soubesse como minha vida tem sido solitária
E há quanto tempo estou tão sozinha
Se você soubesse o quanto eu queria que alguém aparecesse
E mudasse minha vida do jeito que você mudou

E eu me sinto em casa, eu me sinto em casa
Parece que eu voltei todo o caminho de onde eu vim
E eu me sinto em casa, eu me sinto em casa
Parece que estou de volta para onde pertenço

Uma janela quebra na rua escura
E uma sirene toca na noite
Mas estou bem, porque tenho você aqui comigo
E quase posso ver que há uma luz em meio à escuridão

Se você soubesse o quanto este momento significa para mim
E quanto tempo esperei pelo seu toque
E se você soubesse o quanto está me fazendo feliz
Nunca pensei que amaria alguém tanto assim

E eu me sinto em casa, eu me sinto em casa
Parece que eu voltei todo o caminho de onde eu vim
E eu me sinto em casa, eu me sinto em casa
Parece que estou de volta para onde pertenço
Parece que estou de volta para onde pertenço

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dalai Lama: Receita para conquistar a felicidade


Para começarmos, podemos dividir todo tipo de felicidade e sofrimento em duas categorias principais: mental e física.
Das duas, é a mente que exerce a maior influência em muitos de nós. A menos que estejamos gravemente doentes, ou privados de nossas necessidades básicas, a condição física representa um papel secundário na vida.
Se o corpo está satisfeito, praticamente o ignoramos.
A mente, entretanto, registra cada evento, por mais pequeno que seja. Por isso, deveríamos devotar nossos mais sérios esforços à produção da paz mental.
A partir de minha própria limitada experiência, descobri que o mais alto grau de tranqüilidade interior vem do desenvolvimento do amor e da compaixão.
Quanto mais nos ocuparmos com a felicidade alheia, maior se tornará nossa sensação de bem-estar.
O cultivo de sentimentos amorosos, calorosos e próximos para com os outros automaticamente descansa a mente.
Isto ajuda a remover quaisquer temores ou inseguranças que possamos ter e, nos dá força para enfrentarmos quaisquer obstáculos que encontramos.
É a principal fonte de sucesso na vida. Enquanto vivemos neste mundo estamos destinados a encontrar problemas.
Se, nessas ocasiões, perdemos a esperança e nos desencorajamos, diminuímos nossa habilidade de encarar as dificuldades.
Se, por outro lado, nos lembramos que não se trata apenas de nós, mas, que todos têm de passar por sofrimento, esta perspectiva mais realista aumentará nossa capacidade e determinação para sobrepujarmos os problemas.
Na verdade, com essa atitude, cada novo obstáculo pode ser encarado como sendo mais uma valiosa oportunidade de aprimorar nossa mente!
Desse modo, podemos gradualmente nos esforçar para nos tornarmos mais compassivos, ou seja, podemos desenvolver tanto a genuína empatia pelo sofrimento dos outros, quanto a vontade de ajudar a remover sua dor.
Como resultado, crescerão nossas próprias serenidade e força interior.