domingo, 28 de fevereiro de 2010

O falso e o verdadeiro


Por Elisabeth Cavalcante:


Para aqueles que ainda vivem em total inconsciência, é praticamente impossível perceber quem verdadeiramente são, do que e do que necessitam para serem felizes.
Para eles, a vida se resume em seguir uma direção que lhes foi determinada, inicialmente pela família e, mais tarde, pela sociedade. Eles seguem a trilha sem jamais questionar o porquê dela não os estar levando na direção da felicidade.

Nunca se perguntam sobre as razões desta discrepância. E, a menos que algum acontecimento verdadeiramente devastador lhes aconteça, continuarão a interpretar seu velho papel, até o final da vida.

Alguns, após vivenciarem uma experiência que lhes retire toda a base de segurança que acreditavam possuir, começam lentamente a desconfiar de que existe algo errado com suas convicções. Descobrem que elas já não servem para fazê-los voltar à antiga situação de conforto, quando a ilusão e a inconsciência predominavam.

Embora este seja um processo extremamente doloroso, ele é, ao mesmo tempo, muito libertador. Pois, a partir daí, se torna possível que comecem a busca, aquela que os levará ao encontro de sua verdade mais profunda.

Quando passamos a questionar quem, de fato, somos, esta pergunta se torna a base para toda e qualquer diretriz que possamos dar à nossa vida.
Crenças e valores arraigados caem por terra, deixando-nos com um vazio, que aos poucos passa a ser preenchido por nossas verdadeiras necessidades, aquelas que emergem do ser real, e não mais daquele que foi moldado para adaptar-se convenientemente aos valores do mundo.

A viagem se torna cada vez mais perigosa, pois exigirá de nós coragem, determinação e um desejo profundo de ir ainda mais fundo nesta descoberta.
Entretanto, voltar atrás se torna impossível, pois o novo ser que acabamos de conhecer, jamais se amoldará novamente à máscara que nos ensinaram a usar para ocultá-lo.

...Tantra não é um conceito moral. Não é nem moral nem imoral; é amoral. É uma ciência, e ciência não é nenhuma das duas coisas. Suas moralidades e conceitos a respeito do comportamento moral são irrelevantes para o tantra.
Tantra não está preocupado com a maneira como alguém deveria comportar-se. Ele está preocupado basicamente com o que é, com o que você é. Esta distinção precisa ser entendida profundamente.

A moralidade se preocupa com ideais - como você deveria ser, o que você deveria ser. Portanto, moralidade é basicamente condenação. Você nunca é o ideal, então, você está condenado. Toda moralidade é criadora de culpa.
Você pode nunca tornar-se o ideal; você está sempre ficando para trás. A distância estará sempre lá - porque o ideal é o impossível; e através da moralidade se torna mais impossível.
O ideal está lá no futuro, e você está aqui como o que você é. E você segue comparando. Você nunca é o homem perfeito; alguma coisa está faltando. Você sente culpa, você sente autocondenação.

....Tantra é contra a autocondenação - porque condenação nunca pode transformar você; condenação pode somente criar hipocrisia. Então, o que você não é, você tenta, você pretende mostrar. Hipocrisia significa que você é o homem real, não o homem ideal. Então, você tem uma fenda dentro de você. Você tem uma face falsa. O homem irreal nasce. E tantra é basicamente uma procura para o homem real, não para o homem irreal.

Toda moralidade cria hipocrisia... Hipocrisia permanecerá com moralidade, é parte dela - a sombra. Isto parecerá paradoxal, porque moralistas são os homens que mais condenam a hipocrisia; eles são os criadores dela. E hipocrisia não pode desaparecer da terra a menos que a moralidade desapareça.

... Você pode criar uma face falsa; você pode pretender ser algo que você não é. Aquilo salva você. Na sociedade, você pode mover-se mais facilmente, mais convenientemente. E interiormente você tem que suprimir o real, porque o irreal pode ser imposto somente se o real é suprimido.

Então, sua realidade vai se movendo para baixo dentro da inconsciência, e sua irrealidade se torna sua consciência. Sua parte irreal se torna mais proeminente, e o real recua para trás. Você está dividido. E quanto mais você tenta simular, maior será a distância".


OSHO - Vigyan Bhairav Tantra

TANTRA


Tantra é um modo de vida, orientado para o auto-conhecimento, para desenvolver mais consciência, sensibilidade, aceitação, naturalidade, totalidade e presença em todos os aspectos da vida. Tantra é viver e aproveitar a vida em seu máximo, sem barreiras, Tantra é viver e experimentar toda a beleza do aqui e agora , com a mente livre do passado e das expectativas do futuro.

No ocidente, somos ensinados a racionalizar nosso modo de viver, fazer julgamentos sobre o que é certo ou errado e lutar contra aquilo que não está dando certo, de acordo com nossas "expectativas".
O Tantra em contraste a tudo isso, nos ensina como aceitar tudo o que está acontecendo e fluir nisso sem stress. O tantra expande nossa consciência e move nossa energia através de tudo o que a vida nos apresenta.

Tantra é muito mais uma atitude em relação à vida - o que faz parte da vida - do que crenças, comportamentos ou regras.

No Tantra não há dogmas sobre a maneira certa de se fazer as coisas. Não tem nenhum manual, nenhum desempenho, nenhum script que você tenha que viver de acordo.

O Tantra diz "sim" a tudo o que é.
Tudo é sagrado, e o Tantra lhe diz "dê boas vindas" a todos os seus mais "loucos" pensamentos, desejos e sentimentos.

Isso significa amar todas as partes de você mesmo e aprender com elas. Não julgue-se "mau" ou qualquer outra coisa, mas aprenda quem você é.

Tantra é "Leela"

Leela: Palavra de origem Sânscrita que significa brincadeira, no sentido de que a vida é uma brincadeira, e não uma coisa séria. Leela é jogar o jogo da vida conscientemente. É a natureza básica do Divino. Então vamos brincar no jogo da vida um pouco mais.

A comédia do ano



Margaret Tate (Sandra Bullock) é uma poderosa editora de livros, que se vê em apuros ao ser comunicada de sua deportação para o país-natal, o Canadá. Para evitar que isto ocorra ela declara estar noiva de Andrew Paxton (Ryan Reynolds), seu assistente. Perseguido por Margaret há anos, ele aceita participar da farsa mas impõe algumas condições.

Alex O’Loughlin



Alexander O'Lachlan, conhecido como Alex O’Loughlin (Camberra, 24 de agosto de 1976), é um ator australiano. Ele estrelava o seriado Moonlight, no qual interpretava um vampiro.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Hulalá


Christopher Robert Evans nasceu em (Sudbury, Massachusetts em 13 de junho de 1981) é um ator norte-americano. Atualmente, é mais conhecido pelo papel de Tocha Humana (Johnny Storm), nos filmes do Quarteto Fantástico e Nick Gant no filme Push.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Doida ou Santa?


“Estou no começo do meu desespero e só vejo dois caminhos: ou viro doida ou santa”.

São versos de Adélia Prado, retirados do poema A Serenata. Narra a inquietude de uma mulher que imagina que mais cedo ou mais tarde um homem virá arrebatá-la, logo ela que está envelhecendo e está tomada pela indecisão - não sabe como receber um novo amor não dispondo mais de juventude. E encerra: “De que modo vou abrir a janela, se não for doida? Como a fecharei, se não for santa?”

Adélia é uma poeta danada de boa. E perspicaz. Como pode uma mulher buscar uma definição exata para si mesma, estando em plena meia-idade, depois de já ter trilhado uma longa estrada onde encontrou alegrias e desilusões, e tendo ainda mais estrada pela frente? Se ela tiver coragem de passar por mais alegrias e desilusões - e a gente sabe como as desilusões devastam - terá que ser meio doida. Se preferir se abster de emoções fortes e apaziguar seu coração, então a santidade é a opção. Eu nem preciso dizer o que penso sobre isso, preciso?

Mas vamos lá. Pra começo de conversa, não acredito que haja uma única mulher no mundo que seja santa.. Os marmanjos devem estar de cabelo em pé: como assim, e a minha mãe??? Nem ela, caríssimos, nem ela. Existe mulher cansada, que é outra coisa. Ela deu tanto azar em suas relações que desanimou. Ela ficou tão sem dinheiro de uns tempos pra cá que deixou de ter vaidade. Ela perdeu tanto a fé em dias melhores que passou a se contentar com dias medíocres. Guardou sua loucura em alguma gaveta e nem lembra mais.

Santa mesmo, só Nossa Senhora, mas cá entre nós, não é uma doideira o modo como ela engravidou? (não se escandalize, não me mande e-mails, estou brin-can-do).

Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar ‘the big one’, aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo? Mas, além disso,temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir de vez em quando que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca, pensaremos em jogar tudo pro alto e embarcar num navio-pirata comandado pelo Johnny Depp, ou então virar uma cafetina, sei lá, diga aí uma fantasia secreta, sua imaginação deve ser melhor que a minha.

Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada,dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante.Pois então. Também é louca. E fascina a todos.

Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseja mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra.

Martha Medeiros

MISS IMPERFEITA


'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.
Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.
Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.
Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias!
Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que se lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir dessa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo.
Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.
(Martha Medeiros)

Deixa o mundo girar...


Tudo que normalmente planejo vai por água abaixo e o Universo muda tudo...

Parece que ele está querendo me mostrar que não preciso planejar nada, porque... os planos que faço são baseados em memórias do passado... e que o presente é o único tempo que é real... e para estar no presente precisamos estar vazios de tudo... especialmente, de planos que nos limitam a caminhos fixos, predefinidos.

E tem sido assim dia após dia... vejo meus planos serem dissolvidos um a um e coisas novas se manifestarem... Quando resisto a essa mudança e me apego ao que planejei me perco do presente... e não consigo perceber o encantamento de cada momento.

Pensando bem... tem uma lógica nisso tudo. Ao planejar o meu futuro... seja o do dia seguinte... do mês seguinte e até de uma vida... quando planejo, faço isso com base nas energias que estão em mim no momento, combinadas com as energias do dia... planejo o que vou viver no futuro, mas faço isso nem sempre levando em conta como irei estar no futuro e como tudo ao meu redor estará... a única certeza que tenho é que tudo estará diferente. Seria como planejar o inverno em pleno verão... O que temos sobre o verão são somente memórias...
Fazemos isso o tempo todo e quase nunca damos oportunidade ao presente de se manifestar com toda sua força...
Mas foi assim que aprendemos a fazer e continuamos fazendo... até que um dia o Universo nos chama a atenção para o fato de que podemos confiar plenamente no "presente".

Resistir e não aceitar o presente como ele se oferece nos impede de descobrir coisas preciosas... A partir do momento em que percebi esse movimento.... não deixei de fazer planos... mas deixo tudo completamente livre para que a vontade maior se manifeste. Para que o Grande Mistério mude tudo e que prevaleça sempre a Sua Vontade...

Observo as coisas mudarem de rumo e busco não me apegar ao que "não deu certo"... sei que o que não deu certo foi planejado pela minha vontade pessoal... e que se me apegar a ela perco o presente se manifestando em toda sua perfeição.

Aceitação é sempre uma chave preciosa... Quando aceitamos as mudanças, e não resistimos a elas, fica mais fácil receber o que a vida nos oferece a cada dia...
Quando entendemos que a força do presente vem do vazio, vamos pouco a pouco nos tornando mais livres para recebê-lo... livres de planos... de expectativas... de caminhos traçados.

Quando nascemos, as mudanças são visíveis a cada dia... a cada dia uma novidade... um avanço... Cada dia é mesmo novo e único... mas, à medida que vamos crescendo e nos tornamos adultos, parece que os dias se tornam todos iguais... e nós também...
E aprendemos a planejar e a organizar as coisas para que elas não saiam do nosso controle. Criamos rotinas para nos facilitar a vida e... sem perceber, nos apegamos de tal forma aos planos e às rotinas que criamos, que pouco a pouco estamos completamente presos... nos tornamos escravos... E o que "facilitava" acaba nos oprimindo e limitando...

Sei que para o nosso ego é quase impossível levar uma vida sem planejar as coisas... sem ter o controle nas mãos...
Isso porque não confiamos ainda no Universo... não acreditamos plenamente no fluxo da abundância que se manifesta quando estamos inteiros no presente.

Até pensamos que somos felizes quando tudo sai conforme o planejado... e nos apegamos a esses planos de tal forma que quase nunca percebemos que além deles existem outras possibilidades... todas as outras.

Quase sempre estamos presos ao passado ou ao futuro e não desfrutamos do que chega a cada momento... Observar o que o Universo está me mostrando está me deixando mais desapegada e mais aberta para o novo...
Na verdade, somos novos e diferentes a cada dia e o Universo nos oferece um acesso a todas as infinitas possibilidades... no portal do presente...
É só estarmos vazios e mergulharmos nessa fonte ilimitada de encantamento...


...Ela não é do tipo de mulher que se entrega na primeira
Mas melhora na segunda e o paraíso é na terceira
Ela tem força, ela tem sensibilidade, ela é guerreira
Ela é uma deusa, ela é mulher de verdade
Ela é daquelas que tu gosta na primeira
Se apaixona na segunda e perde a linha na terceira
Ela é discreta e cultua bons livros
E ama os animais...

Use filtro solar


Muita gente conhece o discurso musicado “O Filtro Solar”, na voz de Pedro Bial, lançado no Brasil no último programa Fantástico de 2003, pela Rede Globo de televisão. Mas o que pouca gente sabe é que a origem desse texto remete ao jornal americano Chicago Tribune, em uma crônica de autoria da colunista Mary Schmich, publicada em 1º de junho de 1997 e originalmente entitulada “Advice, like youth, probably just wasted on the young” [Conselhos, assim como juventude, provavelmente desperdiçados pelos jovens].

A crônica dizia que dentro de todo adulto repousa um orador de formatura de graduação. E incentivava qualquer um com mais de 26 anos a escrever o seu discurso “Guia da Vida para Graduandos”, mesmo que nunca fosse convidado a falar. Seguia-se então a tentativa da própria autora.

O texto inocente acabou tendo grande repercussão e se espalhou pela Internet e pelo mundo. Gerou até boatos e confusões sobre sua origem. Ainda em 1997 ganhou uma versão musical na Austrália, graças ao diretor de cinema Baz Luhrmann, que estava preparando um álbum de coletânea com reinterpretações de músicas de seus filmes e produções de palco. Com as palavras da crônica lidas na voz do ator Lee Perry ao som de uma batida suave, o trabalho gerou a inspiradora trilha musical entitulada “Everybody's Free (To Wear Sunscreen)” [Todos São Livres (Para Usar Filtro Solar)] naquele álbum.

Em 1999, uma adaptação da faixa musical, editada de 7 para 5 minutos, se espalhou pelas rádios dos Estados Unidos e se tornou um grande sucesso. Em 2003, Pedro Bial gravou no Brasil a declamação de sua tradução deste texto para o português, tendo ao fundo a mesma música da trilha original.

Segue aqui uma transcrição do texto integral da versão em português. Inspire-se!


O FILTRO SOLAR


Nunca deixem de usar filtro solar.

Se eu pudesse dar só uma dica sobre o futuro seria esta: use filtro solar. Os benefícios a longo prazo do uso de filtro solar estão provados e comprovados pela ciência. Já o resto de meus conselhos não tem outra base confiável além de minha própria experiência errante. Mas agora eu vou compartilhar esses conselhos com vocês...

Aproveite bem, o máximo que puder, o poder e a beleza da juventude. Ou então, esquece. Você nunca vai entender mesmo o poder e a beleza da juventude até que tenham se apagado. Mas pode crer, daqui a vinte anos, você vai evocar as suas fotos e perceber de um jeito que você nem desconfia hoje em dia quantas, tantas alternativas se escancaravam à sua frente. E como você realmente estava com "tudo em cima". Você não está gordo, ou gorda.

Não se preocupe com o futuro. Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que "pré-ocupação" é tão eficaz quanto mascar chiclete para tentar resolver uma equação de álgebra. As encrencas de verdade em sua vida tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada, que te pegam no ponto fraco às quatro da tarde de uma terça-feira modorrenta.

Todo dia enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo de verdade.

Cante.

Não seja leviano com o coração dos outros, não ature gente de coração leviano.

Use fio dental.

Não perca tempo com inveja. Às vezes, se está por cima; às vezes, por baixo... A peleja é longa e, no fim, é só você contra você mesmo.

Não esqueça os elegios que receber, esqueça as ofensas. Se conseguir isso, me ensine.

Guarde as antigas cartas de amor. Jogue fora os extratos bancários velhos.

Estique-se.

Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida. As pessoas mais interessantes que conheço não sabiam aos 22 o que queriam fazer da vida. Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem.

Tome bastante cálcio. Seja cuidadoso com os joelhos: você vai sentir falta deles.

Talvez você case, talvez não. Talvez tenha filhos, talvez não. Talvez se divorcie aos 40, talvez dance ciranda em suas bodas de diamante. Faça o que fizer, não se auto-congratule demais e nem seja severo demais com você. As suas escolhas têm sempre metade das chances de dar certo. É assim para todo mundo.

Desfrute de seu corpo, use-o de toda maneira que puder mesmo. Não tenha medo de seu corpo ou do que as outras pessoas possam achar dele. É o mais incrível instrumento que você jamais vai possuir.

Dance... Mesmo que não tenha onde, além de seu próprio quarto.

Leia as instruções, mesmo que não vá segui-las depois. Não leia revistas de beleza. Elas só vão fazer você se achar feio.

Dedique-se a conhecer os seus pais. É impossível prever quando eles terão ido embora, de vez. Seja legal com os seus irmãos. Eles são a melhor ponte com o seu passado e, possivelmente, quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro.

Entenda que amigos vão e vêm. Mas nunca abra mão de uns poucos e bons. Esforce-se de verdade para diminuir as distâncias geográficas e destinos de vida, porque quanto mais velho você ficar, mais você vai precisar das pessoas que conheceu quando jovem.

More uma vez em Nova Iorque, mas vá embora antes de endurecer. More uma vez no Havaí, mas se mande antes de amolecer. Viaje.

Aceite certas verdades inescapáveis: os preços vão subir, os políticos vão saracotear, você também vai envelhecer. E quando isso acontecer, você vai fantasiar que quando era jovem os preços eram razoáveis, os políticos eram decentes e as crianças respeitavam os mais velhos.

Respeite os mais velhos.

Não espere que ninguém segure a sua barra. Talvez você arrume uma boa aposentadoria privada, talvez case com um bom partido, mas não esqueça que um dos dois pode, de repente, acabar.

Não mexa demais nos cabelos, senão quando você chegar aos 40, vai aparentar 85.

Cuidado com os conselhos que comprar, mas seja paciente com aqueles que os oferecem. Conselho é uma forma de nostalgia. Compartilhar conselhos é um jeito de pescar o passado do lixo, esfregá-lo, repintar as partes feias e reciclar tudo por mais do que vale.

Mas no filtro solar, acredite!

Não espere...


Não espere um sorriso para ser gentil
Não espere ser amado para então se apaixonar
Não espere ficar sozinho para reconhecer o valor de quem está ao seu lado
Não espere ficar de luto para reconhecer quem hoje é importante para Você

Não espere o melhor emprego para começar a trabalhar
Não espere a queda para lembrar-se do conselho
Não espere a enfermidade para reconhecer quão frágil é a vida
Não espere dinheiro aos montes para então contribuir
Não espere por pessoas perfeitas para então se apaixonar
Não espere a magoa para pedir perdão
Não espere a separação para pedir a reconciliação
Não espere elogios para acreditar em si mesmo
Não espere a dor para acreditar em oração
Não espere o dia de sua morte sem antes... amar a vida.
Seja sempre você ! Autêntico e único!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Tudo que eu peço de você...


ELE:

Chega de falar de escuridão
Abandone esse olhar de medo
estou aqui, nada pode feri-la
Minhas palavras vão aquece-la e acalma-la
Deixe-me ser sua liberdade
Deixe a luz do dia secar suas lagrimas
Estou aqui, com você, ao seu lado
Para protege-la e guia-la.


ELA:

Diga que você vai me amar a todo momento
Mude meus pensamentos falando de dias de verão
Diga que você precisa de mim, agora e sempre
Jure que tudo que diz é verdade
Isso é tudo que eu te peço.

ELE:

Deixe-me ser seu abrigo
Deixe-me ser sua luz
Você está segura, niguém a encontrará
Seus medos ficaram para tras

ELA:

Tudo que quero é liberdade
Um mundo sem mais noite
E você, sempre ao meu lado
Para me defender e me esconder

ELE:

Então diga que você dividirá comigo um amor, uma vida;
Deixe-me livrar-la de sua solidão
Diga que você me quer com você, aí, ao seu lado
Onde quer que vá, deixe-me ir junto
Isso é tudo que eu te peço

ELA:

diga que você dividirá comigo um amor, uma vida;
Diga a palavra e eu te seguirei,

JUNTOS:

Divida comigo cada dia, cada noite, cada manhã

ELA:

Diga que me ama...

ELE:

Você sabe que amo!

JUNTOS:

Ame-me, isso é tudo que te peço.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Sol de amor


É possível viver um Grande Amor, desde que o coração esteja aberto para isso.
Digo-lhe isso, porque muitos querem amar, mas de coração fechado e na base da autodefesa, por causa de emoções mal resolvidas.
Às vezes, as pessoas jogam toneladas de medo ou de ansiedade em seus melhores sentimentos, terminando por sepultar o amor que tanto queriam vivenciar antes.
Para amar, não basta só o amor; é preciso ter coragem também!
Sim, coragem de se abrir e deixar a luz eclodir em si mesmo, fazendo o próprio coração ser um sol.
É um desperdício ver um Grande Amor sendo detonado por questões mal resolvidas, ou por posturas medíocres.
Porque o amor possui um alto poder de transformação e de renovação do Ser.
Quando ele chega, tudo muda. E o coração acontece...
O amor é semelhante à luz da aurora, que dilui a escuridão na linha do horizonte do Ser... E, se alguém é tocado por ele e, mesmo assim, ainda permite que as trevas rondem seu coração, é realmente uma pena.
Porque o sol é grande, mas se alguém fechar as cortinas do aposento, sua luz não penetrará ali. Da mesma forma, por analogia, se alguém cerrar as cortinas do ego na morada do próprio coração, o sol do amor não penetrará ali.
Ah, que coisa estranha é essa... Alguém desejar viver um Grande Amor e, ao mesmo tempo, ter medo da abertura causada pelo mesmo. Mas as pessoas são assim mesmo.
E nem sempre é fácil quebrar as barreiras que elas projetam contra a eclosão da luz, nelas mesmas. E, talvez, seja por isso que a dor tanto visita o coração dos homens.
E aí, em lugar do amor, surgem os bloqueios do ego; em lugar da aurora, as trevas no horizonte de si mesmo; em lugar da consciência feliz, a sensação horrível do vazio interior; e, em lugar do equilíbrio e da compreensão, fortes distorções psíquicas.
Isso porque, sem amor, tudo fica opaco. Sem o seu sol, só sobra a noite escura do Ser. Daí, eu lhe pergunto: "Você está realmente aberto para um Grande Amor e pronto para aguentar a luz da aurora despontando em seus olhos?
Está pronto para abdicar de suas trevas interiores e mergulhar na luz?
Você tem coragem de entrar num sol e queimar suas tolices e posturas medíocres?
E mais: você tem noção de que um Grande Amor é um presente?"
A partir daí, de coração aberto, reveja os seus sentimentos e pondere mais em cima dos questionamentos pertinentes a eles. Se você errou antes, então conserte. Se agora compreende isso melhor, então se cure.
Porque o amor não é uma pessoa, é um estado de consciência! E o lugar do sol é dentro do seu coração. Então, que tal levantar as cortinas e, dessa vez, deixar a luz entrar completamente?
Porque, repito, não basta só amar, é preciso ter coragem. Sim, coragem de vencer a si mesmo e de reciclar-se, constantemente, para tornar-se luz, como deve ser...
Um Grande Amor não cabe num coração medíocre.
Por isso, não basta só amar, também é preciso crescer*.

P.S.:
Desejo que você cresça, para que um Grande Amor seja um presente em sua vida.
E que você tenha a coragem de desembrulhá-lo em seu coração.
E que o brilho da aurora esteja em seus olhos.
E que isso preencha você de vida.
E que você se sinta honrado.
E que seja muito feliz.
Com um sol no peito...
E estrelas nos olhos**.

Paz e Luz.

- Wagner Borges


- Notas:
* Esses escritos são uma resposta ao e-mail de um amigo, que está muito triste porque sua amada foi embora. Segundo ele, ambos se amavam muito, mas também brigavam bastante, às vezes por coisas pequenas. E ele confessa, arrependido, que poderia ter agido de outra maneira, sem tanta arrogância; e que, agora, percebe o quanto a amava.
No entanto, essas coisas acontecem e o importante é o aprendizado que se tira delas. Mais do que lamentar-se, é preciso discernimento e coragem de ver em que ponto errou, e melhorar a partir disso. Auto-culpa não resolve nada, só leva a auto-estima para baixo. Então, é preciso crescer, mesmo quando as coisas não saem do jeito esperado. E isso não é fácil, para ninguém.
O certo é que não basta só amar; é preciso construir. E estar presente, pois os melhores jardins, quando não são cuidados devidamente, podem se encher de pragas e de ervas daninhas. E o coração é o jardim do Ser.
Para um Grande Amor florescer, não basta só amar; é preciso cuidar.
E o mais legal: o amor não é uma pessoa, é um estado de consciência.
E olhando o que escrevi para ele, fiquei pensando se esses escritos não seriam úteis para reflexões de outras pessoas passando pelo mesmo problema. Além do mais, o que eu poderia fazer por ele? Implorar a seu favor junto à sua amada, para que ela volte? Ou chorar junto com ele e compactuar com sua baixa auto-estima?
Como não sou assim e sempre procuro tirar o melhor de todas as situações, escrevi tudo isso para ele. E como o resultado foi legal e ele ficou contente com a atenção e os toques dados aqui, estou disponibilizando os escritos em aberto (mantendo o nome do meu amigo em sigilo, naturalmente), para todos.
Sim, talvez outros estejam passando pelo mesmo problema.
Oxalá esses toques possam ser úteis para eles também, de alguma maneira.
E o fato de ter escrito tudo isso não me isenta da necessidade de ponderar sobre as mesmas coisas e de melhorar o meu próprio coração.
O certo é que um Grande Amor é um presente e nem todos têm condições de reconhecê-lo. E, quando ele chega, tudo muda. E quem ama, sabe.
O amor é o amor; não se explica, só se sente...

Criando expectativas


Por Elisabeth Cavalcante :


Um dos caminhos mais eficazes para a frustração é criar expectativas. É da natureza da mente esperar que algo muito desejado aconteça rapidamente.
E, quando vivemos de modo inconsciente, não conseguimos perceber este jogo que nos leva sempre a esperar pela realização urgente de nossas esperanças e a sentir uma grande decepção quando elas não se concretizam.

Visto que não temos o poder de determinar a vontade e as atitudes alheias, torna-se impossível que possamos ter garantida a realização de todas as nossas expectativas.

Nas relações afetivas é onde este tipo de engano mais acontece, pois sempre projetamos no outro nossos desejos e esperamos ansiosamente que ele os satisfaça plenamente. Quando isto não ocorre, a reação é de revolta, pois nos sentimos traídos por aquele que não preencheu nossas expectativas.

Viver uma vida consciente pressupõe, antes de tudo, aprender a perceber quando estas ilusões começam a se formar em nossa mente e aceitar o fato de que não temos o dom de manipular a realidade para que ela se amolde ao nosso desejo.

A partir daí, tudo começa a fluir num novo ritmo. Passamos a nos relacionar de modo realista, enxergando o outro exatamente como ele é, sem qualquer fantasia ou ilusão.

Além disso, se torna possível aceitar, com tranquilidade, que nem sempre a realidade corresponderá aos nossos anseios, por mais que lutemos para isto.
Então, o bom senso e a sabedoria podem, finalmente, tomar o lugar da angústia, da ansiedade e do desespero.

Este não é um aprendizado fácil, mas é, sem dúvida, essencial para que nos libertemos do sofrimento criado por nossa própria mente, que insiste em nos manter prisioneiros da ilusão. A felicidade só se torna possível quando pudermos perceber o quanto nossas próprias expectativas criam a maioria das frustrações que experimentamos ao longo da vida.

"...Vocês estão todos vivendo em sombras. Vocês pensam, vocês projetam, vocês imaginam, vocês sonham... Vocês vivem em sombras, em suas esperanças. O que vocês têm ganho com suas esperanças? Apenas imaginação vazia que amanhã algo acontecerá, que não aconteceu agora, e vocês sentem-se preenchidos. E nunca acontece. O que acontece amanhã é a morte - e a morte cria medo pela simples razão de que vocês não estão conscientes.

O medo da morte é que tira o futuro de suas mãos. E vocês têm estado vivendo no futuro em sua imaginação, e a morte vem e põe uma parada: não mais amanhã. A existência não tem obrigação de preencher seus desejos e suas esperanças.
As pessoas esperam algo, nunca preenchido. Há sempre frustração ao redor. As pessoas estão vivendo em desespero, e a razão é que o que elas esperam... a existência não tem desejo, não tem razão para ir de acordo com as suas expectativas. Se você quer ser feliz, vá de acordo com a existência, onde quer que ela leve você.

Eis o que significa let-go: você simplesmente joga suas projeções, suas imaginações. E deixa a existência tomar conta de sua vida inteira. Então, não há desespero, porque não há possibilidade de tornar-se frustrado. Não há angústia e não há ansiedade, você está relaxado com a existência. O que quer que aconteça... é bom.

...Toda a existência é mais sábia do que eu, então o que quer que aconteça...
Não permaneça afastado, contra a existência, seja parte e sinta uma certa unidade.

...O significado é que o que quer que aconteça é bom. Você tem que achar a beleza disto e a alegria disto... Somente um homem de let-go não é enganado por nada. Ele toma tudo como vem, feliz e alegremente. E se as coisas mudam, ele permite a mudança sem qualquer obstáculo, sem criar barreira para prevenir a mudança.

...Tudo é como deveria ser. Então, pacificamente estão as montanhas na noite de lua cheia... estão em paz, dançando na lua cheia... Tudo é silêncio e paz. Não há frustração nas montanhas, não há frustração nos rios...

...O homem também pode ser tão feliz como as montanhas e tão pacífico como os rios, se ele olhar para a lua e as cercanias sem qualquer mente. Sem pensar, ele também se tornará parte de toda a cena.

Mas ele permanece sempre preocupado com suas próprias idéias estúpidas. Quando toda a existência está se regojizando, somente o homem está preocupado.
Você já viu uma árvore preocupada? Os animais também nunca estão preocupados. Mesmo na morte, morrem pacificamente. Pois, como tudo na existência, o que nasceu deverá morrer.

Mas a mente do homem perturba, sempre cria problemas - porque espera que as coisas sejam diferentes do que elas são. Ele não está pronto para aceitar a natureza da existência, ele a quer de acordo com ele. Este, "de acordo com ele", é toda a miséria.

Todo mundo está tentando que tudo seja de acordo consigo. Um pode dizer, outro pode não dizer - mas mesmo sem dizê-lo, sua mente está tramando pensamentos de que as coisas deveriam ser trazidas de acordo com a sua idéia - e isto é impossível.

Você não pode mudar a existência. Tudo o que você pode fazer... você pode abandonar sua mente".