domingo, 31 de janeiro de 2010

Obrigada por só me dizer "TE AMO" quando estamos na cama
Obrigada por dizer que minhas lágrimas não passam de drama
Obrigada por você dizer que sempre foi um cara fiel
Obrigada por você representar a vida inteira um papel

Obrigada por você me condenar e se iludir com a riqueza
Obrigada pela sua vaidade, pela sua frieza
Obrigada por você me esquecer no meio do desespero
Obrigada por você dizer que eu queria só teu dinheiro

Obrigada por dizer que engordei e que estou fora de forma
Obrigada, por falar da sua Ex a toda hora
Obrigada por olhar pra outras com aquela cara de cão
Obrigada por você gozar primeiro e me deixar na mão

Obrigada por você calar meu grito e rasgar meu poema
Obrigada mas agora dá o fora e vai saindo de cena
Obrigada, meu benzinho, mas já era agora senta e chora
Obrigada pela oportunidade de te ver indo embora

Thank you very much
Merci beaucoup
Bye bye and fuck you

Thank you very much
Merci beaucoup

Thank you very much
Merci beaucoup
Bye bye and fuck you

Thank you very much
Bye bye

A todos...


A todos trato muito bem
sou cordial, educada, quase sensata,
mas nada me dá mais prazer
do que ser persona non grata
expulsa do paraiso
uma mulher sem juízo, que não se comove
com nada
cruel e refinada
que não merece ir pro céu, uma vilã de novela
mas bela, e até mesmo culta
estranha, com tantos amigos
e amada, bem vestida e respeitada
aqui entre nós
melhor que ser boazinha é não poder ser imitada.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Alice


Assustada
Andando em círculos
Estou debaixo da terra
Eu caio
Sim, eu caio

Estou enlouquecendo
Onde eu estou agora?
De cabeça pra baixo
Não posso parar com isso agora
Isso não pode me parar agora

Eu vou vencer
Vou sobreviver
Quando o mundo estiver se partindo
Quando eu finalmente atingir o chão
Não vou apenas me virar
Não tente me parar
Não vou chorar

Eu estou no país das maravilhas
De pé novamente
Isso é real? É fingimento?
Vou me defender até o fim

Eu vou vencer
Vou sobreviver
Quando o mundo estiver se partindo
Quando eu finalmente atingir o chão
Não vou apenas me virar
Não tente me parar
Não vou chorar

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Caleidoscópica


Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.

Clarice Lispector

Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.

Clarice Lispector

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010


Não se preocupe em entender,
viver ultrapassa qualquer entendimento.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Para que serve o amor?


Por Rosana Braga

De uma forma ou de outra, causando alegria ou tristeza, o amor faz parte da história de vida de qualquer ser humano. Então, por que será que ainda causa tanta ansiedade, dúvidas, sofrimento? Obviamente, causa também satisfação, realização e felicidade, mas parece que, ao dar tudo certo, uma frase teima em gritar na nossa mente: tudo o que é bom dura pouco!

Será? Será mesmo que precisamos passar a vida toda temendo o fim de um grande amor? Ou talvez, precisamos aceitar a idéia de que o amor não é para todos? Que para encontrar e viver um amor de verdade precisamos ser dotados de sorte ou de algum tipo de poder mágico de encantamento?
Sinceramente, acredito que o amor é para todos. Porém, a questão é: mesmo sendo o amor para todos, nem todos são para o amor!!! Como saber? Você é? Eu sou? O que fazer para ser? Felizmente, a escolha é de cada um. A decisão de ser e estar para o amor só depende de nossas atitudes, de nossas crenças internas, de nossa consciência e disponibilidade para se entregar a esse sentimento e aceitar os desafios que chegam com ele.

Creio que o primeiro e maior desafio referente às relações amorosas seja pararmos de acreditar que o amor é um conto de fadas, como se bastasse encontrar um príncipe ou princesa para que ele aconteça sozinho, para que os sentimentos bons cresçam e se mantenham sem que nada precisemos fazer.
Porque baseados nessa crença investimos nosso tempo e nossa energia aprendendo truques de sedução, diversas maneiras eficazes e infalíveis de conquistar quem quer que seja... Apostamos demasiadamente em nossa aparência e justificamos tanto nossos ganhos quanto nossas perdas a partir do que enxergamos diante do espelho.

Muitas vezes nos tornamos reféns de roupas, cabelos, maquiagem, moda, sapatos, cores, caras e bocas para, enfim, nos tornarmos aptos a viver um grande amor. No entanto, isso é uma grande besteira. Ou melhor, a aparência tem sua importância, é verdade, mas tão ínfima e tão efêmera, tão passageira que não tem força nem consistência para fazer nascer e crescer um amor verdadeiro...
O amor está além da casca e se alimenta de consistência, de algo que melhore com os anos, que se torne mais forte à medida que faz 10, 30, 50 anos. E convenhamos: a maioria de nós, reles mortais, tende a obedecer à lei da gravidade a cada ano. A pele enruga e fica flácida, o corpo perde a agilidade e a juventude, o raciocínio fica mais lento e as rugas se tornam cada vez mais evidentes... E ainda assim, o amor pode crescer a cada dia, pode se superar e evoluir, fazendo seus praticantes ainda mais felizes do que no início, quando a pressa e o medo de não viver tudo o que podiam fazia com que não percebessem a paz e a felicidade que pequenos gestos podem trazer à nossa vida.
É difícil acreditar nisso quando ainda somos jovens e nosso maior objetivo é ao menos encontrar alguém com quem possamos usufruir toda a paixão que pulsa em nós. Mas precisamos compreender o papel do amor em nossas vidas, para somente então nos disponibilizarmos realmente.
Enquanto acreditarmos que os relacionamentos têm a função de nos satisfazer em todos os sentidos, como se fosse uma espécie de servo que chega para acabar com nossas frustrações e solidão, ficaremos pulando de promessa em promessa, de casamento em casamento, nos sentindo cada vez mais vazios, mais infelizes.
Precisamos admitir que as derrotas que sofremos são conseqüências de nossas próprias atitudes, de nossas próprias escolhas. Somente quando entendemos que somos responsáveis por nossa felicidade que podemos mudar, buscar novas alternativas, novas possibilidades e novas maneiras de viver.

Todos nós erramos, mas a vitória está depois do erro. Não importa quantas vezes caímos, mas quantas vezes levantamos. Porque a vitória está exatamente na vez em que levantamos; nunca na vez em que caímos!
E quando aplicamos essa teoria nos relacionamentos amorosos, não podemos considerar cada dificuldade como um sinal de que é hora de desistir, de acabar tudo e procurar outra pessoa. Senão, passaremos nossa vida inteira em busca de alguém que nunca nos desaponte, nunca cometa nenhum erro ou nunca nos faça sofrer. Amor não é isso.
Em algum momento desapontaremos a pessoa amada, mas são nesses momentos que nossas reações mais contam para nossa vitória ou nosso fracasso. Ou seja, a função do amor é nos mostrar que o relacionamento entre duas pessoas é passível de dor e enganos e que isso acontece justamente para que possamos refletir sobre nossa participação na dor e no engano.
Sim, porque não há um culpado e um inocente. Não há um carrasco e uma vítima.

Quando duas pessoas resolvem compartilhar suas vidas, fazem isso baseadas em semelhanças, ideais e afinidades. Enfim, não somos ímãs, somos pessoas; portanto, no amor não vale a máxima os opostos se atraem, mas sempre os semelhantes se atraem.
Sendo assim, no momento em que algo não vai bem na relação, a função do amor é levar-nos ao seguinte questionamento: por que escolhi essa pessoa? Certamente tenho algo a aprender com ela. E se ela é semelhante a mim, o que há em mim que atraiu alguém como essa pessoa?

Se você tiver coragem de se fazer essas perguntas e, principalmente, de dedicar um precioso tempo de sua existência em busca das respostas, você poderá chegar a duas conclusões: ou essa pessoa é sua mestra e, a despeito de todas as dificuldades, você saberá que poderá evoluir. Ou essa pessoa entrou em sua vida para lhe mostrar que algo dentro de você tem de mudar muito, para que você possa atrair a pessoa certa.
Resumindo: a pessoa certa pode nos ensinar a enxergar os nossos próprios erros e a mudar, a melhorar. E a pessoa errada pode nos ensinar que temos de mudar nossos conceitos internos sobre amor, casamento e relacionamento, a fim de que possamos atrair a pessoa certa. Mas independentemente de ser a pessoa certa ou a pessoa errada, pode ter certeza de que todo o aprendizado será iniciado a partir de uma dificuldade, de uma crise, de uma decepção, de um erro, enfim, de algo que incomoda, que nos faz questionar, avaliar, analisar e refletir.

Não há como crescer na perfeição, porque o que é perfeito não precisa ser mudado! E como somos imperfeitos e como nossa missão aqui na Terra é evoluir, foi nos dado o amor. Eis a sua função, eis o seu papel na vida de homens e mulheres.

Perseverar


Há uma diferença muito grande entre falhas e erros.
O mesmo acontece entre fracassos e desistências.
Porém, nada é tão torturante de se sentir quanto o remorso, o arrependimento e a dor do que não se fez. A oportunidade perdida... não encarada, não aproveitada e não desafiada.
Falhar por não fazer significa apenas insegurança.
Errar por não fazer significa pavor, medo e adestramento (o contrário de recebermos educação).

A DIFERENÇA ENTRE FALHA E ERRO É QUE A PRIMEIRA ACONTECE POR DESCONHECIMENTO, PORTANTO, FALHAMOS.
ERRO É A FALHA REPETIDA.
Somando, multiplicando e "exponencializando", poderíamos chamar tudo isso de fracassos e desistências, antes mesmo de tentarmos.
Repetindo, para ficar muito claro, uma falha nada mais é do que um acidente de percurso. Desatenção mesmo.
Um erro se caracteriza pelo desleixo de falha repetida.
Poucas pessoas se dão conta de que a vida é uma constante superação de obstáculos e uma imensidão de desafios. Não podemos desistir de forma antecipada. Uma vida precisa ser bem aproveitada, afinal, o momento que vivemos não é por mero acaso que se chama PRESENTE.
Sim, um presente, para que possamos aproveitar as adversidades e com elas aprender e evoluir. Assim nos tornarmos mais sábios e fortes. Os problemas existem para que possamos aprender com eles, em vez de nos posicionarmos como vítimas.

a vida é uma constante superação e tudo é uma dificuldade a ser vencida. Se cada vez que você ficar contrariado, em sua existência, você for para um canto e tiver postura de emburrado, sabe o que vai acontecer?
NADA.


Você precisa estar preparado para cada obstáculo que vier e não se entregar aos lamentos, emburramentos e choros. Cada problema é um desafio para ver se você já consegue ser mais forte. Quando você ficar mais velho, seus problemas serão maiores e se você não estiver preparado, sua companheira de lamentos vai ser alguma droga. Com ela a sensação de se tornar herói existe, mas é pura ilusão. Quando a realidade chega... aí a vida é que fica uma droga.

Para isso não acontecer comece por não ficar emburrado e enfrente a vida de maneira heróica... Desistir de lutar, ir para um canto, chorar e lamentar é um ato de covardia. Ninguém fica forte pela desistência. Muito pelo contrário. Desistir é próprio de quem é um derrotado por excelência.

A desistência é prima irmã do lamento. Tudo o que atrai energia negativa deve ser combatido em nossos pensamentos e atitudes.
Pergunto: e a chance de recomeçar para quem desistiu antes de começar? ... Onde fica?
Não fica. Desistir de começar por imaginar problemas é tão ruim quanto o beijo ou abraço não dado, perdido por falta de atitude.
Devemos e poderemos nos arrepender do que já fizemos, mas nunca do que não realizamos. Este é o pior arrependimento, você não acha?
A vida é um presente... desfrutemo-a, portanto, com sabedoria.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010


Não importa quantos passos você deu para trás,
o importante é quantos passos agora você vai dar pra frente.

Eu já nem sei...


Eu Já Nem Sei
Se Gosto De Você
Ou Se Gostei

Você Me Magoou
E Eu Nem Liguei
E Nem Senti Vontade
De Chorar

Meu Coração Não Sente
Mais Nenhuma Emoção
Meus Olhos Já Não Vem Com Paixão,
Aquele Seu Jeitinho
De Me Olhar

Você Não Foi Aquele
Que Eu Queria Para Mim
O Amor Que Eu Esperava Não Ter Fim
E Que Parece Agora
Se Acabou
Só Resta Então,
Dizer Adeus
Sem Medo De Chorar

Pois a saudade não vai maltratar
Um coração que não tem mais amor

Página virada


Quem foi que disse que ainda
morro de amores por você
Que saio a noite pelas ruas pra te ver
São comentários que eu ouço por ai
Pra ser sincera,
você passou por mim sequer deixou saudade
Se alguém me fala de você tô nem ai

Você foi apenas mais um cara que beijei
Na cama só mais um que transei
Então não bote banca amor
Você foi apenas mais um gosto que provei
Se a gente tinha alguma chance
nem sequer notei

Você é página virada

Decidi me envolver mas você quer sair fora,
Agora vou fazer do meu próprio jeito
um outro cara me notou
e eu estou na dele
e você está afim de mim

Você não pode ficar bravo comigo
Não fique bravo, foi você que quis isso
Porque se você gostava
então devia ter assumido um compromisso

Eu não poderia me importar com o que você pensa
Eu não preciso de permissão, eu mencionei isso?

Não se importe com ele
Pois você teve sua vez
Mas agora você vai aprender
Como é realmente sentir que me perdeu?

Você não pode ficar bravo comigo
Não fique bravo, foi você que quis isso
Porque se você gostava
então devia ter assumido um compromisso

Não trate isso como uma bobagem
Eu não sou esse tipo de mulher
Ele me oferece amor e é o que eu mereço
Ele é um homem que me realiza e me conduz
E me entrega a um destino, para o infinito e além
Me puxando para os seus braços

Não se importe com ele
Pois você teve sua vez
Mas agora você vai aprender
Como é realmente sentir que me perdeu?

Eu não poderia me importar com o que você pensa
E como um fantasma, eu terei ido!

um outro cara me notou
e eu estou na dele
Não fique bravo, foi você que quis isso

Chorei lágrimas por você por um bom tempo
agora eu estou na dele.

Atrite-se


Ninguém muda ninguém;
ninguém muda sozinho;
nós mudamos nos encontros.

Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos.
Somos transformados a partir dos encontros,
desde que estejamos abertos e livres
para sermos impactados
pela idéia e sentimento do outro.
Você já viu a diferença que há entre as pedras
que estão na nascente de um rio,
e as pedras que estão em sua foz?

As pedras na nascente são toscas,
pontiagudas, cheias de arestas.
À medida que elas vão sendo carregadas
pelo rio sofrendo a ação da água
e se atritando com as outras pedras,
ao longo de muitos anos,
elas vão sendo polidas, desbastadas.
Assim também agem nossos contatos humanos.
Sem eles, a vida seria monótona, árida.
A observação mais importante é constatar
que não existem sentimentos, bons ou ruins,
sem a existência do outro, sem o seu contato.
Passar pela vida sem se permitir
um relacionamento próximo com o outro,
é não crescer, não evoluir, não se transformar.
É começar e terminar a existência
com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.
Quando olho para trás,
vejo que hoje carrego em meu ser
várias marcas de pessoas
extremamente importantes.

Pessoas que, no contato com elas,
me permitiram ir dando forma ao que sou,
eliminando arestas,
transformando-me em alguém melhor,
mais suave, mais harmônico, mais integrado.
Outras, sem dúvidas,
com suas ações e palavras
me criaram novas arestas,
que precisaram ser desbastadas
Faz parte...
Reveses momentâneos
servem para o crescimento.
A isso chamamos experiência.
Penso que existe algo mais profundo,
ainda nessa análise.
Começamos a jornada da vida
como grandes pedras,
cheia de excessos.
Os seres de grande valor,
percebem que ao final da vida,
foram perdendo todos os excessos
que formavam suas arestas,
se aproximando cada vez mais de sua essência,
e ficando cada vez menores, menores, menores...
Quando finalmente aceitamos
que somos pequenos, ínfimos,
dada a compreensão da existência
e importância do outro,
e principalmente da grandeza de Deus,
é que finalmente nos tornamos grandes em valor.
Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos quanto se tira
de excesso para chegar ao seu âmago.
É lá que está o verdadeiro valor...
Pois, Deus fez a cada um de nós
com um âmago bem forte
e muito parecido com o diamante bruto,
constituído de muitos elementos,
mas essencialmente de amor.
Deus deu a cada um de nós essa capacidade,
a de amar...
Mas temos que aprender como.
Para chegarmos a esse âmago,
temos que nos permitir,
através dos relacionamentos,
ir desbastando todos os excessos
que nos impedem de usá-lo,
de fazê-lo brilhar
Por muito tempo em minha vida acreditei
que amar significava evitar sentimentos ruins.
Não entendia que ferir e ser ferido,
ter e provocar raiva,
ignorar e ser ignorado
faz parte da construção do aprendizado do amor.
Não compreendia que se aprende a amar
sentindo todos esses sentimentos contraditórios e...
os superando.
Ora, esse sentimentos simplesmente
não ocorrem se não houver envolvimento...
E envolvimento gera atrito.
Minha palavra final: ATRITE-SE!

Não existe outra forma de descobrir o amor.
E sem ele a vida não tem significado.

autor: Roberto Crema

Coração X Razão


A razão quer falar, o coração quer escutar;
A razão quer mandar, o coração quer partilhar;
A razão quer definir, o coração quer sentir;
A razão quer calcular, o coração quer arriscar;
A razão quer determinar o futuro, o coração quer gozar o presente;
A razão quer regras, o coração quer espontaneidade;
A razão quer medir as palavras, o coração expressa-as sem medo;
A razão quer manipular, o coração quer apenas se expressar sem jogar;
Enfim, o que determina meu amor por alguém?
A razão quer determinar características específicas: altura, peso, cor dos olhos, tipo físico etc...
mas o coração ignora a razão porque, como diz Saint Exupery, “o essencial é invisível aos olhos”
e é por isso que O CORAÇÃO realmente TEM RAZÕES QUE A PRÓPRIA RAZÃO DESCONHECE,
como dizia Blaise Pascal...

domingo, 17 de janeiro de 2010

A fila anda


Tá se achando demais
Tá pisando sem dó
Tá fazendo besteira uma atrás da outra
Tá querendo ficar só
Tá perdendo a razão
Vê se cai na real
Porque o ontem não volta
O amanhã não espera
E você pode se dar mal
Você não pensa no que fala
E acaba sempre machucando quem te dá amor
Insiste em me olhar de cima
Eu sinto que não tem mais clima
A gente acabou
Não agüento mais, cansei
Quero esquecer que chorei
De tanto desamor o amor desanda
A fila anda, a fila anda, a fila anda
Foi você quem quis assim
Abusou demais, pisou em mim
Doeu e aí então saltei de banda
A fila anda, a fila anda, a fila anda

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010


Não precisa ser para sempre, mas precisa ser até o fim!
:: Rosana Braga ::


‘Para sempre’, em minha opinião, é nada mais nada menos que um dia depois do outro. Ou seja, é construção. Em princípio, não existe. Mas basta que façamos a mesma escolha sucessivamente e teremos construído o ‘para sempre’.

O que quero dizer é que o ‘sempre’ não é magia nem tampouco um tempo que pré-exista. Ele é conseqüência. Nada mais que conseqüência de uma sucessão de dias, vividos minuto por minuto.

Quanto ao amor, tem gente que acredita que só é de verdade se durar até que a morte os separe. Outras, como o grande Vinícius de Moraes poetizou, apostam no que seja eterno enquanto dure.

Eu, neste caso, admiro a coragem de quem vai até o fim, de quem se entrega inteiramente ao que sente, de quem se permite viver aquilo que seu coração pede até que todas as chamas se apaguem. Mais do que isso: até que as brasas esfriem e – depois de todas as tentativas – nada mais possa ser resgatado do fogo que um dia ardeu.

Claro que não estou defendendo a constância indefinida de atitudes desequilibradas, exageros desnecessários ou situações destrutivas. Mas concordo plenamente com o que está escrito no comovente Quase, de Sarah Westphal (muitas vezes atribuído a Luiz Fernando Veríssimo):

... Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar ...

Porque de corações partidos por causa de um amor vivido pela metade as ruas estão cheias. Assim como de almas que perambulam feito pontos-de-interrogação, a se questionar o que mais poderiam ter feito para que o outro também estivesse presente, para que não fugisse tão furtivamente, tão covardemente, tão sordidamente.

É por isso que insisto: muito mais do que nos preocuparmos com o ‘para sempre’, precisamos começar a investir no ‘até o fim’, para que o ‘agora’ tenha mais significado, para que as intenções, as palavras, as atitudes e todos os recomeços façam parte de uma história mais sólida, menos prostituída, que realmente valha a pena.

Então, questione-se: o coração ainda acelera quando o outro se aproxima? O peito ainda dói de saudade? O desejo ainda grita, perturbando o silêncio da noite? Não chegou ao fim! Não acabou.

Sei que, em alguns casos, motivos de força maior impedem um amor de ser vivido (e daí a separação pode ser sinal de maturidade), mas na maioria das vezes o que afasta dois corações é muito mais intolerância, ilusões ou auto-defesas tolas do que algo que realmente justifique o lamentável desfecho.

O outro não quer? Desistiu? Acovardou-se? Ok! Por mais imbecil que seja, é um direito dele. Esteja certo de que você fez o que estava ao seu alcance e depois... bem, depois recolha-se e pondere: pros amores impossíveis, tempo.

Tempo em que você terminará descobrindo que a vida tem seu jeito misterioso de fazer o amor acontecer, mas que – no final das contas – feliz mesmo é quem, apesar de tudo, tem coragem de ir até o fim!

Não devemos tratar o amor como se fosse uma equação pois o sentimento "amor" não é um exercício da ciência
e sim da alma.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010


Falar é completamente fácil,
quando se têm palavras em mente
que expressem sua opinião.

Difícil é expressar por gestos e atitudes
o que realmente queremos dizer,
o quanto queremos dizer,
antes que a pessoa se vá.

Carlos Drummond de Andrade

Leonardo da Vinci


As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar.

Eu vivo sempre...



Porque sou uma cientista

O meu papo é futurista.

É lunatico

Eu vivo sempre no mundo da lua

Tenho alma de artista

Sou uma gênia sonhadora

E romântica

Eu vivo sempre no mundo da lua

Porque sou aventureira

Desde o meu primeiro passo

Pro infinito

Eu vivo sempre no mundo da lua

Porque sou inteligente e

Se você quer vir comigo

Venha que será um barato

Pega carona nessa cauda de cometa

Ver a Via-Lactea, estrada tão bonita

Brincar de esconde-esconde numa nebulosa

Voltar para casa no meu lindo Balão azul